Mesmo sendo de Deus o casamento passa por crises



“A mulher que tu me deste” (Gn 3.12)
Muitos casais ao iniciarem a vida a dois logo no início passam pelos piores momentos no relacionamentoconjugal. Isso se deve basicamente ao fato de crer que se a união foi realizada por Deus nenhum tipo de problema poderá lhe sobrevir.
Entretanto, precisamos verificar o que aconteceu com o primeiro casamento feito 100% por Deus.
O relacionamento conjugal, principalmente no início, é muito difícil. Ambas as partes deixam suas famílias, com quem já tinham anos de convivência e eram aceitos com seus defeitos por todos os membros de suas respectivas famílias. E agora, juntos, vão formar uma nova família. É ai que começa os desentendimentos, pois a convivência nos mostra as dificuldades que teremos que enfrentar. Ambas as partes possuem suas virtudes e defeitos, mas o que antes era aceito pelos membros de suas respectivas famílias, para alguns casamentos se tornam fardos. É ai que cada um tem que apreender qual o seu papel no casamento. O respeito é primeiro passo para que ambos comecem a entender e crescer dentro da nova jornada. O principal papel do esposo é proteger sua esposa e fazê-la se sentir segura, pois este é o sentimento que ele espera sentir. Após cometer uma falha, Eva esperava proteção do seu esposo, mas ele a acusou como sendo a causadora do problema. Adão não havia entendido que o problema era dos dois. “E formarão uma só carne”. Quando casados todos os problemas que aparecem devem ser vencidos com amor e responsabilidade por ambos.




Infelizmente, a frase nos lábios de Adão parece ser ouvida somente em parte pelas mulheres. Parece um pouco com as pedras preciosas achadas em meio a sujeiras, necessitando de um trabalho pesado e longo de garimpagem.
O homem percebia que a mulher havia sido um presente para ele. Mesmo que ele não tivesse a consciência da necessidade, Deus deu a ele uma maravilhosa bênção. De uma forma especial, o Pai Eterno ensinava ao homem que assim como ela foi feita para ele, deveria ele cuidar dela como se o contrário também fosse verdade. O homem aprende com Deus a forma de lidar com as mulheres. No casamento realizado no paraíso e oficiado por Deus, recebeu o homem uma esposa. Ambos andaram com Deus. Ambos ouviram a doce voz do Senhor. Ambos testemunharam a obra da criação. Ambos fizeram escolhas erradas. Ambos sofreram com a consequência do pecado. Ambos aprenderam a viver fora do Jardim. Ambos choraram a morte de um filho. Ambos viveram longamente. Sempre juntos, lado a lado, construindo o que chamamos de nosso mundo.
Ao invés de se acusar mutuamente o casal deve sempre manter abertas as portas do diálogo.
Veja agora o que cada esposa espera do seu marido:
1.     Que eu seja a única mulher de sua vida. Faça-me sentir suficiente para você.
2.     Quando eu estiver falando, preste atenção. Ouviu?
3.     Sim, eu preciso ouvir você falar que me ama de vez em quando. Mas três vezes ao dia também enjoa. Menos.
4.     Não sou máquina de sexo. Mas até máquina precisa de aquecimento e manutenção. Imagine eu.
5.     Não minta para mim. Nunca. Jamais. Incentivo: eu ainda tenho aquele pau de macarrão lá na cozinha.
6.     Não me importa que você seja o líder. Apenas me dê razões para confiar na sua liderança. Saber para onde estamos indo também ajuda.
7.     Faça-me sentir segura com você. Caráter. Domínio próprio. Trabalho. Em tudo.
8.     Surpreenda-me de vez em quando. Boas surpresas me fazem sentir especial.
9.     Eu gosto quando você realmente se interessa no que penso. E me diz o que pensa.
10.                       Quando eu estiver estressada, agindo e falando como uma doida, simplesmente pegue minha mão, me abrace, me acalme e diga: “Vai dar tudo certo.” Depois aproveita e leva o lixo para fora.
E agora é a vez  do marido!
1.     Não levante a voz para mim. Sua voz doce surte muito mais efeito.
2.     Se eu não dei razão, não me acuse de flertar com outra mulher.
3.     Se vista sensualmente só para mim.
4.     Às vezes eu realmente não estou pensando em nada. Acredite.
5.     Pode levar o tempo que quiser para se arrumar, desde que a gente saia na hora combinada.
6.     Não me exponha diante dos outros. Jogue para o nosso time, não contra.
7.     Nunca me deixe ser o último a saber.
8.     Deixa eu te caçar 80% das vezes. Os outros 20% você me caça (gosto de ser caçado de vez em quando também).
9.     Você merece tudo o que tem no shopping center. Verdade. Mas lembre-se que o nosso cartão tem limite.
10.                       Vamos deixar de implicar com a tampa do vaso. Se ela estiver para cima, você a põe para baixo. Afinal, quando ela está para baixo, eu a ponho para cima.
Ø Por que o casamento é tão importante para Deus? 
 Por que Ele insiste “que o que Deus uniu, ninguém separe” (Mt 19.6)?  Os propósitos de Deus para o casamento incluem:
·        Revelar a imagem e semelhança d’Ele e os Seus propósitos em nos criar, abrindo um espaço para experimentarmos a comunhão que Ele tem na Trindade (Gn 1.26, 27).
·        Resolver a solidão que aflige o homem desde antes da queda (Gn 2.18).
·        Dar a cada pessoa a oportunidade de formar uma nova família, principalmente para aquele cuja família de origem era disfuncional (Gn 2.24; Mt 19.5, 6; Ef 5.31).
·        Celebrar, no ato sexual, uma intimidade não apenas física, mas emocional e espiritual.  Deus faz questão que esse ato expresse verdadeiro amor, pureza e aliança (pacto), reservando-o, por essa razão, para o casamento (Gn 2.24).
·        Dar-nos alguém com quem podemos ser transparentes, autênticos, sem experimentar vergonha (Gn 2.25).  O desejo d’Ele é que possamos amar e ser amados sem medo, porque o verdadeiro amor expulsa o medo (1 Jo 4.18).
·        Revelar a grandeza do amor de Cristo por nós como sua Noiva, a Igreja (Ef 5.22-32).  A história, de Gênesis a Apocalipse, enfatiza o amor de Jesus por sua Noiva e nós recebemos o privilégio de ser um espelho desse amor.  Sua aliança, Sua fidelidade e Seus propósitos eternos revelam-se no casamento.
Dessa forma, não devemos ficar surpresos ao saber que Satanás empenha todos os seus esforços para acabar com casamentos saudáveis, prejudicando a muitos, tornando essa união numa relação intensamente infeliz para muitas pessoas.  Se Deus, por Sua vez, não fizesse um compromisso de aliança conosco no casamento, não teríamos chances de nos aproximar dos Seus propósitos eternos.  Um casamento saudável é realmente glorioso!  E um infeliz, pode tornar-se num inferno, destruindo não apenas o casal, mas a família, e espalhando essa herança negativa às gerações seguintes.
Débora e eu trabalhamos com restauração de vidas.  Deus nos permitiu fundar o ministério REVER (Restaurando Vidas, Equipando Restauradores).  Aprendemos que as dores das pessoas são reais e devem ser levadas à sério para que sejam restauradas.  Empatia, chorar com os que choram e ajudá-los a desabafar, a liberar a dor e a experimentar Jesus levando essa dor sobre si são partes fundamentais na restauração de pessoas feridas.  Ao mesmo tempo, precisamos entender bem os propósitos de Deus no sofrimento e não nos enganarmos em pensar que a felicidade das pessoas é o supremo alvo da vida ou de nosso ministério.
Tenho conversado com muitas pessoas crentes que experimentam diversos graus de abuso emocional em seus casamentos.  Dizem não aguentar mais.  Querem, de qualquer forma, algum escape, alguma saída.  Isso é preocupante, pois cada um que se divorcia acaba influenciando outros e, se continuar assim, haverá uma epidemia de divórcio na igreja.  Mas algo é ainda mais inquietante: perdemos a visão de Deus para o casamento e não acreditamos quando Ele comunica claramente Seu coração quanto a como agir em casamentos infelizes.  A Bíblia traduz o coração d’Ele nesse sentido em quatro passagens, com os seguintes temas:
·        Mal 2.10, 13-17 – Deus odeia o divórcio e a violência.
·        Mt 19.3-12 – Não devemos nos divorciar a não ser no caso de adultério.
·        1 Co 7.1-17 – Bases bíblicas para o divórcio e novo casamento da parte dos crentes.
·        1 Pe 3.1-9 – Como tratar um cônjuge descrente.
I.           Como enfrentar as crises no casamento sem pensar em desistir?
1. Reconhecendo que o casamento não é uma invenção humana, mas uma instituição divina – O casamento não é um expediente humano. O próprio Deus estabeleceu, instituiu e ordenou o casamento desde o início da história humana.[14] Gênesis 2:18-24 revela que o casamento nasceu no coração de Deus quando não havia ainda legisladores, nem leis, nem Estado, nem igreja. Casamento é um dom de Deus para o homem e a mulher.[15] Deus não apenas criou o casamento, mas também o abençoou (Gênesis 1:28). Qualquer esforço de atentar contra os princípios estabelecidos por Deus para o casamento conspira contra o próprio Deus, que o instituiu. Por isso, Deus odeia o divórcio (Malaquias 2:14).
2. Reconhecendo a natureza do casamento – Quando Jesus foi questionado pelos fariseus sobre o divórcio (Mateus 19:3-4), Jesus não discutiu divórcio antes de falar sobre a natureza do casamento, de acordo com os princípios estabelecidos na própria criação (Mateus 19:4-8). De acordo com o padrão absoluto de Deus, estabelecido na criação, o casamento em primeiro lugar é heterossexual (Gênesis 1:27). União homossexual é abominação para Deus (Levitico 18:22; Romanos 1:24-28). Em segundo lugar, o casamento é monogâmico (Gênesis 2:24). Em terceiro lugar, o casamento é monossomático (Gênesis 2:24). João Calvino disse que a união do casamento é mais sagrada e mais profunda do que a união que liga os filhos aos pais. Nada senão a morte pode separá-los.[16] Em quarto lugar, o casamento é indissolúvel (1 Corintios 7:3). Jesus afirmou que marido e mulher não são mais dois, mas uma só carne e o que Deus uniu o homem não pode separar (Mateus 19:6). Divórcio, portanto, é uma rebelião contra Deus e os seus princípios.[17] Em quinto lugar, o casamento não é compulsório. O celibato é um dom de Deus, não uma imposição (1 Coríntios 7:32-35). Embora a razão do casamento é para resolver o problema da solidão, Deus chamou alguns para serem uma exceção à sua própria norma (Gênesis 2:18,24; Mateus 19:11-12; 1 Coríntios 7:7).[18] 
3. Reconhecendo que em Deus podemos superar as crises do casamento sem azedar o coração – Jesus disse para os fariseus que o divórcio nunca foi uma ordenança divina, mas uma permissão, e isso, por causa da dureza dos corações (Mateus 19:7-8). O divórcio ocorre porque os corações estão endurecidos. Dureza de coração é a indisposição de obedecer a Palavra de Deus. É a indisposição de perdoar, restaurar e recomeçar o relacionamento conjugal de acordo com os princípios de Deus. De acordo com Jesus o divórcio jamais é compulsório, onde existe espaço para o perdão. Divórcio é consequência do pecado, não uma expressão da vontade de Deus. Perdão e restauração são melhores do que o divórcio. Divórcio não é compulsório nem em caso de adultério. Restauração é melhor que o divórcio. 
II.           O que torna alguns casamentos felizes e outros infelizes?
 Certamente são as pessoas que fazem parte dele. No começo tudo é lindo e maravilhoso. As mulheres se arrumam, se perfumam, seus cabelos são da moda, bem pintados, bem cortados. As unhas perfeitas. Desleixo jamais. 
Daí vem o casamento, os filhos, daí é aquele horror. Salão de beleza só para festas, talvez por preguiça ou para não gastar. A roupa bem velha, camiseta surrada, pronta para a faxina. Cabelo só amarrado ou bem curtinho (não gasta tempo). A turma das amigas se separa. As novas “amigas” são as namoradas e esposas dos amigos do marido. Acaba o romance, um jantarzinho a dois. Tudo passa a ser aquela rotina. Aquele dia-a-dia previsível. Limpar a casa, lavar roupas, louça, fazer o pão, o almoço, o jantar, as conservas. E o tempinho para o romance, só para o casal não acontece mais. Parece que antes do casamento elas têm uma personalidade e depois adquirem outra. Acho que pensam que o casamento dura para sempre, que a conquista já foi feita. A conquista já foi feita, mas também é uma atitude diária de cada um. 
Os homens geralmente não mudam.
Se forem egoístas nas tarefas domésticas, só pioram. Se forem violentos, só pioram. Mas a sua personalidade não muda. São o que são. As mulheres é que não querem enxergar e sonham um dia que ele vai mudar: “Depois que nos casar eu mudo ele”. Mentira. Ninguém muda ninguém. Na convivência no dia-a-dia e com os problemas normais do cotidiano, o “verdadeiro” amor é testado. Às vezes aí está a grande diferença. Quando há amor, cumplicidade, amizade tudo se resolve. Como saber se o casamento está fortalecido? Quando enfrentamos um problema sério, grave e que não desestrutura o casamento, apenas serve para fortificá-lo cada vez mais. Feitos uns ajustezinhos aqui, outros ali e o casamento vai ficando cada vez melhor.
Tem também aqueles casamentos que sobrevivem por muitos e muitos anos, mas o que sustenta não é o amor. É o dinheiro, a conveniência, a acomodação, a cobrança da família, da sociedade e até da religião. Só aparência. Mas isto é problema de cada um. Ninguém. Ninguém pode saber o que se passa dentro de quatro paredes. O que acontece com um casal só diz respeito ao casal. 
Acredito também que ninguém deve podar ninguém. Não é porque um gosta de determinada coisa que o outro detesta é que devem cortar estes prazeres para sempre. Muitas vezes é preciso ceder. Um cede uma vez e outro na outra vez. Ajudar nas tarefas de casa, cuidar dos filhos. Infelizmente na vida não podemos fazer somente aquilo que gostamos. Se quisermos viver bem com as pessoas ao nosso redor, como na nossa casa e no nosso trabalho, também precisamos fazer aquilo que não gostamos. 
A pessoa que escolhemos para fazer parte da nossa vida deveria ser o nosso melhor amigo(a), que podemos amar, contar sempre nas horas boas e más, compartilhar os problemas e as alegrias, fazer conquistas juntos e, afinal, ser felizes juntos!!!
III.          Como agir com seu cônjuge em meio a inimizade
Quando um casamento é tão penoso a ponto de um cônjuge agir como se fosse inimigo (sendo ele crente ou não), precisamos voltar às palavras de Jesus sobre como tratar nossos inimigos (Mt 5.43-48; Lc 6.27-36).  Seja debaixo do mesmo teto ou separados, Ele nos ensina pelo menos quatro atitudes em relação a esse cônjuge “inimigo”:
1.      Amá-lo.  Este amor não é um sentimento romântico, mas uma atitude de desejar o melhor para o outro, agindo segundo esse desejo.  Muitas pessoas em casamentos delicados queixam-se de que perderam seu amor pelo cônjuge.  O amorágape indicado aqui vem de Deus; não é natural a nós.  Esse amor se perde apenas se perdermos o vínculo com Deus.  Se perdermos esse amor, nosso problema é maior e diferente do que a falta de um sentimento especial pelo nosso cônjuge.
2.      Orar pela pessoa que nos maltrata, intercedendo por seu arrependimento, para que ela caia em si, encontre a Jesus e O veja em nós.
3.      Fazer o bem para quem nos odeia.  Uma expressão desse “bem” pode ser insistir para que o cônjuge procure aconselhamento ou passe por algum tratamento de restauração como uma condição de continuarem juntos, ou de voltarem a morar juntos, se já estiverem separados.  
4.      Abençoar quem nos amaldiçoa.  Precisamos lembrar que pessoas abusadas naturalmente abusam também.  Pessoas feridas naturalmente machucam outras.  José do Egito, abusado por seus irmãos, em sua dor, não percebeu que ele também os machucou profundamente.  Precisamos abençoar nosso cônjuge, pois, do contrário, faremos mal para ele (veja 1 Pe 3.9).
Eu não tenho dúvida de que essas atitudes são impossíveis para qualquer ser humano que dependa apenas de si mesmo.  Precisamos rogar que o Espírito Santo nos encha para amar como apenas Ele pode.  Ora, se até as dicas que Paulo dá para casamentos bons e saudáveis, em Efésios (5.21-31), são baseadas na condição de sermos cheios do Espírito (Ef 5.18), quanto mais num casamento disfuncional ou abusador!
IV.       Como deva ser a submissão da esposa ao seu marido
Paulo fala de submissão da esposa ao marido (Ef 5.22-24).  Não é uma submissão cega.  Existem dois níveis de autoridade acima da autoridade humana em nossas vidas: as Sagradas Escrituras e a nossa consciência.  Se, por exemplo, o marido quer forçar sua mulher a fazer algo que ela entende ser contrário ao ensino bíblico ou contra sua consciência, ela deve desobedecê-lo, ao mesmo tempo que demonstra respeito e até aceita possíveis punições.  (Veja o exemplo de Pedro e João que, respeitosamente, desobedeceram os líderes religiosos, em Atos 5.27-42, aceitando as consequências.  Essa atitude se tornou famosa através da “desobediência civil”, da parte de grandes líderes, como Gandhi e Martin Luther King.)
Ser maltratado não é algo que necessariamente vai contra nossa consciência.  Pedro dá instruções claras e profundas a escravos cristãos para se submeterem não apenas aos bons e amáveis chefes, mas também aos maus.  Ele elogia o suportar aflições injustas por causa do nome de Cristo ou por fazer o bem.  Chama-os a andar nos passos de Jesus que “quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças” (1 Pe 2.18-23a).  Após descrever todo o contexto do escravo e de como Jesus aguentou ser maltratado, Pedro inicia tanto as instruções para a esposa, como para o marido no capítulo seguinte, com as palavras “Do mesmo modo” (1 Pe 3.1, 7).  Ele orienta como agir quando somos maltratados pelo governo (1 Pe 2.13-17) ou no trabalho (1 Pe 2.18-21); essas orientações se aplicam aos maus-tratos ou abuso no casamento.  Ao mesmo tempo, como já mencionado, isso tem seus limites.  Se a saúde física, a vida da pessoa ou a saúde emocional estiverem ameaçadas, uma separação temporária seria indicada.
Retomando o ensino bíblico para casamentos em crise, Jesus enfatiza que o que Deus uniu, ninguém deve separar (Mt 19.6).  A aliança do casamento se dá entre três pessoas: Deus, um homem e uma mulher.  Em primeiro lugar, divórcio vai contra a natureza de Deus, contra o caráter d’Ele, contra demonstrar que somos parte de um povo fiel que cumpre Sua palavra e mantém Sua aliança.  Não deve nos surpreender que Deus odeie o divórcio.
Deus tem uma visão gloriosa da aliança do casamento que demonstra Seu caráter e propósitos divinos.  O cristão casado com uma pessoa difícil ou abusadora precisa manter essa visão.  Seu alvo deve ser glorificar a Deus e amar seu cônjuge com a esperança de ver a sua salvação e a salvação de seus filhos.  A igreja deve apoiar de forma palpável na procura de restauração de seu casamento, incluindo ensino bíblico e disciplina, se for necessário.  Se alguém precisa separar-se para proteger-se da violência, isso deve ser um passo temporário com vistas à restauração do casamento.  Dentro ou fora da mesma casa, devemos amar nosso cônjuge, orar por ele, fazer o bem a ele e abençoá-lo.  Nosso supremo alvo não é a nossa realização ou felicidade, mas glorificar a Deus e desfrutar d’Ele para sempre.
V.          Restaurar o casamento, recomeçar, voltar ao primeiro amor.
Há pessoas dispostas a dar tudo que tem para ver seu casamento nascer de novo. Há pessoas sofrendo terrivelmente com a dor de ver uma história de amor morrendo. Mas o Senhor tem um milagre pra realizar; Ele quer fazer vinho novo, no final da festa, quando tudo parece ter acabado.
Antes de tudo importa saber que a cada dia estamos mais longe da árvore da vida e, por isso, certamente, temos adoecido. Nossa alma, nossa mente, nossos sentimentos então doentes… o amor de muitos de nós está frio. Não é de nos admirarmos que alguém que prometeu amar para sempre deixe de amar de repente. Toda cabeça está enferma, todos estão carentes do milagre, do resgate.
Resgate exige plano, estratégia, sacrifício, conhecimento, esforço em nome da vida. E a palavra de Deus nos diz que para o resgate de Deus há um só caminho que devemos seguir o caminho da porta estreita.
“porque larga é aporta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem” (Mateus 7:13-14).
O caminho da porta estreita é o caminho que também é estreito, apertado, difícil…
Poucos irão andar por ele, poucos estão dispostos a viver esse sacrifício, mesmo sabendo que ao final dele há a recompensa. A vida moderna tem nos ensinado que nós não podemos nos permitir sofrer, que importa o que eu quero o que eu penso o que eu sinto, o que eu sou… tudo eu!
Mas essa forma de viver baseado no eu não me permite enxergar que esse eu precisa seguir a voz que diz: “Esse é o caminho andai por ele.”
Que caminho?
O caminho da porta estreita. O caminho da dificuldade, da prova, da renúncia do eu.
Isso é uma decisão racional. Escolher o caminho a seguir. Aliás, escolher é a prova mais difícil que o Senhor nos oferece por que Ele nos deixa livres. E essa nossa liberdade nos prende mais do que liberta. Ela nos prende a nossos desejos mais humanos e isso significa dizer que são eles que nos distanciam da experiência divina de escolher o que é correto muito mais do que escolher o que fácil.
A proposta do Senhor é:
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho
proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à Sua voz, e achegando-te a Ele; pois Ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias…” (Deuteronômio 30:19-20).
Escolher viver é escolher obedecer. Deus propõe bênção e maldição e parece impossível que alguém escolha a maldição, mas escolhe. Há milhares e milhares de pessoas escolhendo a maldição. Já pensou nisso? Escolhe a maldição quando escolhe desobedecer a Deus, quando escolhe fazer a própria vontade, quando escolhe ouvir os desejos da carne em vez de ouvir a voz do Espírito. Escolhe maldição quando escolhe abandonar a fé no Deus do impossível, a família, o casamento, o amor que prometera ser eterno.
Mas Deus é grande em misericórdia. As misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã e duram para sempre. E para você que está vivendo um tempo de sombra em seu casamento lembre-se que o Bom Pastor anda no vale da sombra da morte para dar alento a ovelha cansada. Enquanto atravessa esse vale não tenha medo, não pense em desistir, não creia na derrota, mas creia na palavra que diz:
“Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus e que são chamados segundo o Seu propósito.” (Romanos 8:28).
É necessário amar a Deus para que tudo coopere para seu bem. A questão que estamos interessados que tudo coopere para me fazer bem, mas não me dou conta que essa promessa é para os que amam a Deus.
Quero te perguntar: Você ama a Deus e anda conforme o chamado dEle para sua vida? Há devoção pessoal? Há busca do poder de Deus? Você teme ao Senhor e obedece a Sua palavra? Há busca pelo poder do Espírito Santo?
Sim. Na hora da provação, seja ela qual for: no casamento, na igreja, no trabalho, na família… o que importa é se achegar ao Senhor.
Seu casamento está ruindo? Busque ao Senhor. Seu marido não lhe dá o afeto que você precisa? Apegue-se ao Senhor. Ele é Deus forte e suficiente para suprir tuas necessidades e cooperar para o teu bem.
Aconteça o que acontecer, se você ama ao Senhor, a tua aflição será para o teu bem.
Não pergunte como. Apenas viva a experiência do deserto e espere atravessar o mar sob o comando poderoso do Senhor.
Se Deus, no Egito, houvesse perguntado a Moisés se ele queria ir ao deserto para viver 40 anos se preparando para aprender a conviver naquele ambiente inóspito com a missão de depois retornar ficar mais outros 40 anos acompanhando o povo hebreu, é certo que ele diria: não Senhor. Não posso. Não tenho condições de suportar…
Mas, Moisés conseguiu viver no deserto, aprender a viver sob circunstâncias difíceis, e adquiriu experiência para ser o chefe, o líder na libertação do povo.
As provas nos tornam experientes, nos tornam fortes, quando enfrentadas e vencidas nos fazem melhores.
Esse deserto é, também, a sua aflição. É o seu casamento sem vida, sem água, sem amor.
O sábio Salomão diz que “com a tristeza no rosto se faz melhor o coração.”
“Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo
fogo, se ache em louvor, e honra, e glória” (1 Pedro 1:6-7).
Casamento é coisa séria e sagrada. É plano de Deus. Projeto que saiu das mãos do Criador.
“Deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne”. Assim não são mais dois, mas uma só carne.
“E Jesus confirma o que foi dito no principio e acrescenta: Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19:5-6).
E enquanto muitos casam crendo que se não der certo separa e está tudo certo a palavra declara o contrário:
“Porque o Senhor, o Deus de Israel, diz que odeia o divórcio, portanto guardai-vos em vosso espírito e não sejais desleais” (Malaquias 2:16).
Há alguém interessado em que seu casamento acabe no cartório. Ele é o Diabo, Satanás. É ele quem planta a discórdia. É ele quem insinua que assim como está não dá, que é melhor separar, que não tem jeito, não tem amor que resista…
Ele é “o ladrão que vem para roubar, matar, e destruir. Já o Senhor Jesus veio para dar vida com abundância” (João 10:10).
Seu casamento foi feito na presença de Deus, com testemunhas, com festa, com aliança… não permita que as flechas inflamadas do diabo queimem seus sonhos.
Não permita que ele roube os sonhos dos seus filhos, da sua família, dos seus amigos… que ele envergonhe a aliança que fora feita com Deus.
“Resisti ao Diabo e ele fugirá de vós.”
Temos nos esquecido que o Senhor nos deu a chave da vitória sobre as ciladas do mal: resistir. Resistir e não desistir. Crer no impossível.
Parece impossível que seu casamento mude. Parece, mas em nome de Jesus tudo é possível para o que crê.
O mais difícil é que você pode estar tentando sozinho (a), só você quer recomeçar, só você quer tentar novamente e restaurar seu casamento. Sim é difícil, mas creia:
Deus é o Deus do impossível.
Esta é a vitória que vence o mundo – nossa fé” (1 João 5:4)“Quanto ao Senhor, Seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é perfeito para com Ele.” (2 Crônicas 16:9).
Ou seja, a proposta é: Para resgatar meu casamento vou buscar a Deus de corpo e alma. Vou confiar que Ele tem a restauração, a transformação, o vinho novo. Não vou desistir de fazer valer na minha vida o poder de Jesus. Eu sei que Ele pode. Tudo se transforma quando Jesus é chamado para ser a prioridade em nossa vida. Ele é quem nos ensina a amar e perdoar. Ele nos conduz em um relacionamento saudável ou nos orienta quanto a possibilidade de deixarmos um relacionamento doentio.
Os casamentos estão acabando por que está faltando o temor do Senhor. Homens que ferem e traem a esposa. Mulheres que também traem e não vivem o poder do amor. Pessoas frias tornam a vida do outro uma dor sem fim… onde iremos parar? a minha proposta é que pare aos pés de Jesus e encontre aos pés do Salvador a saída. Ele nos propõe perdão, nos propõe crer no recomeço. Ele nos diz para crer nEle e renovar as forças. Ele nos diz que pode fazer ressuscitar o que já está morto e fazer seu casamento ter novo sentido.
Há pessoas que já leram esse artigo esperando encontrar uma receitam mas aqui está apenas a indicação de que sofrer não é o fim e que o que resiste às lutas recebe o mérito da Vitória. Isso não significa que as vítimas devem continuar vítimas, mas que as vítimas podem recorrer ao Senhor para sentir o rio da graça e da água da vida banhando sua história de poder e transformação.
VI.         Um amor eterno

Um casal que se ama, não pela beleza, nem pela admiração, mas apenas por amar!
Um casal que se entende, em qualquer momento, se apoiam e sabem que eles nunca estarão sozinhos!
Um amor que supera qualquer coisa, juntos sabe exatamente pra qual direção seguir…
Um amor sem explicação, ou com uma única explicação: Deus quis assim!
Um sonho que se concretiza na felicidade do outro, pois é muito mais que paixão de momento.
Duas almas, dois corações que se completam. Que sabem que tem muito em comum, ou nada em comum…
Duas vidas tão parecidas, e tão diferentes, mas unidas apenas pelo amor.
Duas pessoas que desejam acima de tudo a felicidade da outra, nem que seja distante delas. 
Mas que sabem que a distância não pode separar o que foi escrito por Deus…
Duas almas que o destino uniu e nada nem ninguém podem separar!
Que Deus ajude aos casais, principalmente nos momentos de crises quando ao invés de se auto assumirem preferem fazer acusações a Deus e ao cônjuge, tentando se auto justificar. Na medida em que assumirmos os desafios de frente e corrigindo os nossos próprios erros O Senhor nos abençoará em nome de Jesus, amém!

Jânio

É Presbítero, Professor de teologia e pesquisador de religião. Pertenço á Igreja Evangélica Assembléia de Deus no Estrácio. Fica na Rua Hadok Lobo, 92 no Estácio. Pastor Presidente Jilsom Meneses de Oliveira. Contatos com o autor 0 + operadora e código local 26750178 ou 81504398 minha caixa de mensagem janioestudobiblico@hotmail.com a minha caixa de mensagem janio-estudosdabiblia@bol.com.br Meu endereço no Facebook é janiosantosdeoliveira.oliveira

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